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Blog compartilha produções da Oficina de Comunicação Colaborativa

Registros mostram expressões e movimentos culturais da cidade


Foto: Ana Castelo Branco

“Minha prova de amor pela cidade onde há miséria
descaso de propriedade / Quem nunca pixo o nome da namorada numa árvore? / Quando eu morrer quero meu pixo numa pedra de mármore / Pixação, Muro de Berlim em demolição enche a mochila de munição vá com determinação, / Aprecie sem moderação; Já tá correndo o risco antes
fazer o rabisco violaram minha liberdade de expressão /
Desafio o abuso autoritário em minha descrição até
crente pixa Cristo no coração não é teor político, mas
é manifestação.”

Foto: Menderson Nzamgeby

Assim inicia-se o post de Menderson Nzamgeby, “Desordeiros, trajetórias que deixam marcas”, publicado no blog da Oficina de Comunicação Colaborativa, que será realizada pelo ODC até o próximo dia 17 de setembro. Ele discute a prática da pixação no espaço urbano e problematiza a diferença entre esta e a grafitagem, com ênfase nas políticas públicas do Brasil, que distinguem as duas formas de intervenção urbana. Uma das questões comentadas é a eliminação da poluição visual no entorno dos conjuntos tombados, na tentativa de preparar a cidade para Copa 2014. Mas, afinal, “o que seria tal poluição visual?”, questiona Menderson, inclusive com imagens produzidas por ele sobre grafitagens incorporadas à paisagem urbana.

“A humildade é a essência da vida” é o título de outro post de Menderson, dessa vez sobre a Oficina do Funk, que faz parte do projeto Fica Vivo! e acontece na Unidade Municipal de Educação Infantil do bairro Granja de Freitas na Zona Leste de Belo Horizonte. O Granja de Freitas abrange conjuntos habitacionais criados pelo Orçamento Participativo de Belo Horizonte, beneficiando famílias do movimento dos sem casa removidas por obras públicas da prefeitura.

Foto: Carol Moreira

Já Carol Moreira traz um relato pessoal, com texto e imagens de sua primeira experiência no Espaço Cultural 104, apresentando ainda um pouco da história do prédio, construído em 1908, no centro da capital mineira, para abrigar a Companhia Industrial Belo Horizonte, primeira grande indústria da cidade. Em “Aqui jaz um parque”, Renata Leite trata, por sua vez, da história do parque Municipal Américo Renê Giannetti. “Inaugurado em 26 de setembro de 1897, antes mesmo da nova capital, foi projetado em estilo romântico inglês, pelo arquiteto e paisagista francês Paul Villon. O parque foi idealizado para ser o maior e mais bonito parque urbano da América Latina. Hoje, é considerado o patrimônio ambiental mais antigo da cidade”, anuncia Renata.

Foto: Renata Leite

O crescimento acelerado e desordenado da cidade, a exemplo dos bairros Buritis, Estrela Dalva e Belvedere, dá o tom do debate. “Agora estamos na iminência de perder mais uma grande área verde a Mata do Planalto”, alerta ela. No blog, podem ser conferidas ainda fotos produzidas por Renata, que mostram detalhes do parque.

A Oficina de Comunicação Colaborativa faz parte das atividades do projeto Cultura, Cidade e Desenvolvimento – Faces e Interfaces: aprofundamento do Pensar e Agir com a Cultura 2011. A produção colaborativa e em rede emprega dispositivos móveis de comunicação associados à internet e uso integrado das redes sociais.  Os integrantes participam de equipes que reúnem experiências de vida e percursos profissionais e de formação diversos, As produções realizadas são articuladas com a Rede da Diversidade Cultural do ODC e servirão como fonte de informação sobre a diversidade no portal do Observatório, contribuindo, assim, para as ações de proteção e promoção da diversidade cultural.

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