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DiversaS discute feminismo, arte e política

diversas

Um espaço de arte, representação e cultura. Foi assim que as organizadoras do DiversaS definiram o festival composto apenas por mulheres, realizado nos dias 06, 07 e 08 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

A ideia, ainda no ano passado, consolidou-se com a articulação de mulheres e coletivos que tinham em comum o interesse em promover um evento em prol da liberdade feminina. Segundo a organização, participaram mulheres de todas as faixas etárias e classes sociais.  Os coletivos Luis Estrela, Margarida Alves e a Frente de Mulheres das Brigadas Populares foram alguns dentre os que marcaram presença. Os coletivos populares levaram manifestações artísticas a 16 diferentes pontos de Belo Horizonte e a mostra feminina combinou os ideais de representatividade, cultura e ocupação dos espaços públicos. Foram realizadas oficinas, rodas de conversa e manifestações artísticas, como teatro, shows, danças, literatura, produção audiovisual e graffiti.

Na relação com o espaço público, o DiversaS teve como objetivo a ocupação de pontos específicos, a fim de promover um diálogo sobre poder e reconhecimento dos direitos da figura feminina na sociedade. De acordo com Michele Sá, integrante do núcleo de teatro do coletivo Luis Estrela, que organizou as chamadas para as oficinas, foram mais de 100 inscrições e 35 oficinas e shows escolhidos para os três dias de realização do evento.

Ártemis Garrido, que promoveu oficina de desenho no espaço comum Luis Estrela, destaca a transformação do Dia Internacional da Mulher ao longo do tempo e a mudança da comemoração da feminilidade para o foco nos questionamentos e gritos de resistência que inclui outras causas: “Uma amiga me disse assim: Hoje é dia 8 de macho. Achei incrível, é bem isso, comemorar não só a mulher, mas as minorias, em favor dos trans, dos gays, todo mundo”. Para a antropóloga Elisa Hipólito, que participou da oficina de Dança Afro, trata-se de uma vitória ainda que parcial: “Saímos da posição de sexo frágil, mas, apesar da conquista, ainda temos muita coisa para fazer e a primeira delas é empoderar as mulheres”.

Thainá Nogueira e Thaís Milani (estudantes de jornalismo – PUC Minas)

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