Os resultados da última rodada da 2°Fase da 11°Copa BH de Futebol feminino, que aconteceram ontem, 18/6, sacramentaram as classificações de Prointer e Manchester (Chave 3); e de América e Industrial (Chave 4) para as semifinais que acontecem no próximo domingo, 25/6, com locais e horários a serem definidos pela Federação Mineira de Futebol. Os vencedores das semifinais, que se enfrentam em partida única, realizarão a final, também em jogo único, no dia 2/7.
Quinze equipes irão disputar o torneio, no entanto, Bahia e Grêmio Justinópolis desistiram na véspera da competição. As Treze equipes de Belo Horizonte e região metropolitana que iniciaram a competição foram dividias em 2 chaves: uma com 8 equipes e outra com 7 equipes.
Grupo A: Águia Mineira, Recanto Azul, Manchester, São Miguel, Prointer, Américo e Nacional.
Grupo B: América, Tupynambás, Minas, Paraíso, Internacional, Industrial e Santa Tereza.
A edição deste ano registrou a maior goleada de todos os tempos nos onze torneios disputados. No dia 30/4, jogando em seus domínios, o Tupynambás goleou o Minas por 38 a 0, derrubando a marca do América que, na edição de 2016, havia feito 34 a 0 no Santa Maria. A goleadora do jogo foi Ana Carolina com 7 gols feitos.
As significativas conquistas da seleção feminina, a partir da década de 90, podem ser um dos fatores para o aumento significativo do número de mulheres brasileiras que praticam o esporte. No entanto, o interesse pelo esporte pelas mulheres não é recente. Os primeiros registros de partidas de futebol feminino no Brasil são datados em 1913. A partir dos anos 40, o interesse pelo futebol feminino começou a chamar a atenção da opinião pública brasileira que não via com bons olhos. Em 1965, no auge da ditadura militar no pais, a partir de artigos de médicos especialistas em medicina esportiva, o governo brasileiro instituiu uma lei através do Conselho Nacional de Desporto (CND) que, a partir da resolução número 7/65, proibiu as mulheres de praticarem lutas, futebol, pólo aquático, pólo, rugby e baseball.
Os argumentos destes profissionais eram que estas práticas esportivas realizadas pelas mulheres poderiam trazer consequências traumáticas nos órgãos de reprodução feminina. Na segunda metade dos anos 8º, o o CND reconheceu a necessidade de estímulo à participação das mulheres nas diversas modalidades esportivas do país, revogando tal lei.
Hoje, embora o número de mulheres que praticam o esporte tenha aumentado, elas têm que lidar com o preconceito e com as condições precárias do esporte. É uma linha tênue que separa o futebol profissional do amador. Em Minas Gerais existem apenas duas equipes femininas: o América Futebol e Clube, de Belo Horizonte e o Ipatinga Futebol Clube. Algumas equipes amadoras também disputam o campeonato mineiro feminino: Prointer, Manchester, Nacional e Internacional se aventuraram na edição de 2016 vencida pelo América que, para não ficar inativo, disputa a Copa BH de Futebol Feminino, competição basicamente de clubes amadores, para dar ritmo de jogo para suas jogadoras que disputam competições profissionais organizadas pela FMF e Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Fonte:
Federação Mineira de Futebol
Página do Facebook da Copa BH de Futebol Feminino
http://trivela.uol.com.br/o-futebol-feminino-ja-foi-proibido-ate-pela-lei-brasileira-mas-segue-na-luta-pela-emancipacao/
Imagens: FMF e Copa BH de Futebol Feminino
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