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Dia Mundial da Liberdade de Imprensa – Mensagem da Sra. Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO

Mensagem da Sra. Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio de 2022)

Tanto no contexto da COVID-19 quanto durante as guerras e conflitos, informações confiáveis ​​são mais do que necessárias: são vitais. Os jornalistas desempenham um papel essencial no fornecimento dessas informações, analisando, pesquisando e divulgando dados para que as pessoas possam tomar decisões informadas. O jornalismo é, portanto, um bem público que devemos defender e apoiar como tal. No entanto, mesmo que as Nações Unidas agora celebrem o décimo aniversário de seu Plano de Ação sobre a Segurança dos Jornalistas e a Questão da Impunidade, que a UNESCO se orgulha de liderar, os jornalistas enfrentam um ambiente em rápida evolução.

Conforme descrito em nosso último relatório sobre Tendências Globais em Liberdade de Expressão e Desenvolvimento de Mídia (https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000379826_spa) mais de cinco em cada seis pessoas no mundo vivem em um país onde a liberdade de imprensa diminuiu nos últimos cinco anos. Cerca de 400 jornalistas foram mortos no mesmo período, apenas por fazerem seu trabalho.

As tecnologias digitais estão revolucionando ainda mais esse cenário, pois possibilitaram trocas de informações sem precedentes, favorecendo o jornalismo sem fronteiras. Agora podemos ver o que está acontecendo em qualquer lugar do mundo a qualquer momento.

Mas essas oportunidades também trazem novos desafios. O surgimento das plataformas online colocou em questão a viabilidade econômica da mídia independente e pluralista, alterando drasticamente as cadeias de valor e os modelos de negócios existentes.

Além disso, a era digital aumenta o risco de profissionais de mídia e suas fontes se tornarem alvos de assédio e ataques, por exemplo, devido à retenção de dados, spyware e vigilância digital.

Expressões de ódio contra jornalistas dispararam e afetaram particularmente as mulheres jornalistas. Nossa pesquisa mostra que mais de sete em cada dez repórteres pesquisadas sofreram violência online.

E como essas tecnologias raramente são regulamentadas de forma transparente e responsabilizadas, os perpetradores da violência agem com impunidade, muitas vezes sem deixar rastros.

Esta situação deve acabar. Os avanços tecnológicos devem se basear no respeito à liberdade, privacidade e segurança dos jornalistas. As redes sociais devem fazer esforços especiais para combater a desinformação generalizada e o discurso de ódio, protegendo a liberdade de expressão.

A UNESCO está firmemente comprometida com esses objetivos. Para enfrentar os novos desafios, a UNESCO apoiou a aprovação de uma nova Declaração de Windhoek sobre a informação como bem público na era digital, 30 anos após a primeira, por ocasião da Conferência Internacional sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, realizada no ano passado na Namíbia.

Desde então, a UNESCO implementou a Declaração, promovendo novos princípios de transparência para plataformas online, realizando pesquisas sobre modelos de negócios sustentáveis ​​para a mídia e prestando atenção especial à alfabetização midiática e informacional nos sistemas educacionais.

Mas, todos devemos fazer mais de nossa parte para enfrentar os riscos e aproveitar as oportunidades que surgem na era digital. Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, convido os Estados membros, as empresas de tecnologia e a comunidade de mídia, bem como o restante da sociedade civil, a se unirem para criar uma nova configuração digital que proteja tanto o jornalismo quanto os jornalistas.

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Um ‘tuitaço’ está marcado para o dia 03.05, entre 10h e 12h. A UNESCO convida aqueles que participarem do tuitaço a utilizar as seguintes hashtags: #diamundialdaliberdadedeimprensa, #imprensalivre, #jornalismosemmedo, e #jornalismoindependente.

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