*Imagem: Freepik
No dia 21 de setembro comemoramos o ‘Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência’. Instituída em 1982 pelo Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes (MDPD), a data foi oficializada em 2005, pela Lei nº 11.133/2005.
A luta é pela conscientização sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, é uma luta por direitos e por respeito.
Apesar de ter sido instituída há 40 anos atrás, a busca por direitos está longe de acabar. Ainda nos dias de hoje, é notável a falta de informação sobre o assunto em grande parte da sociedade, o que reflete no dia a dia de pessoas com deficiência, muitas vezes, pela discriminação e preconceito.
O que é capacitismo?
Capacitismo é a discriminação contra pessoas com deficiência (PCDs). É uma problemática que permeia a sociedade e pouco discutida quando se trata de visibilidade e seriedade nas grandes mídias. Entender o capacitismo e seus malefícios, ajuda a combater falas discriminatórias e falácias quanto às pessoas com deficiência.
Expressões usuais, corriqueiras e que já estão embutidas no senso comum podem nos fazer refletir sobre o capacitismo, e como devemos nos policiar quanto ao que dizemos. Ao dizer a alguém que possui visão que essa pessoa é “cega” por não ter te cumprimentado, ou que cometeu uma “mancada” quando essa errou em algum aspecto, são exemplos que passam despercebido no nosso dia a dia, mas que reforçam estereótipos e preconceitos.
5 expressões para tirar do vocabulário
Para que você comece a exercitar um vocabulário mais inclusivo e menos preconceituoso, separamos cinco expressões para apagar do seu vocabulário.
1. Que mancada
Mancar não deve ser usado como sinônimo de errar. Algumas pessoas marcam e isso não deveria ser usado como algo negativo.
2. Dar uma de João sem braço
Mais uma vez coloca uma característica/condição física como sinônimo de algo ruim. Não ter um braço não é sinal de que uma pessoa é desleixada ou irresponsável.
3. Fingir demência
A demência é um grupo de sintomas caracterizado pela disfunção de pelo menos duas funções do cérebro. Usar isso como sinônimo de um comportamento negativo é extremamente desrespeitoso.
4. Você é surda?
Geralmente essa expressão é usada em tom de repreensão quando alguém não conseguiu ouvir algo. Essa atitude reproduz o preconceito de que pessoas com deficiência são inferiores, já que têm sua condição usada como algo errado e negativo.
5. Retardado
Novamente reforça o lugar de inferioridade que muitas pessoas insistem em ver os PCDs. Um transtorno neuropsiquiátrico não deve ser usado como xingamento.
Por fim, vale se policiar e refletir em que momento a nossa fala pode ser preconceituosa disfarçada de humor, o senso comum pode nos tirar a urgência de avaliar falas usuais que normalmente passam despercebidas na rotina. Não basta apenas estarmos atentos aos erros dos outros, estamos todos sujeitos a cair no capacitismo, o mundo precisa da nossa prudência, nas falas e ações, as pessoas com deficiência merecem respeito e cordialidade.
Para conhecer mais sobre a luta anticapacitista:
Guia para práticas anticapacitistas na Universidade
Lançado pela Unesp em fevereiro de 2022, o guia traz explicações essenciais sobre o capacitismo e como combatê-lo.
Disponível em: https://educadiversidade.unesp.br/guia-para-praticas-anticapacitistas-na-universidade/
Portal Acesse
O Portal Acesse é uma ferramenta de comunicação inclusiva, que tem por objetivo atuar como o maior portal especializado em inclusão do Brasil, compartilhando diariamente informações relevantes para pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e demais interessados no segmento.
https://www.portalacesse.com/
Pessoas para acompanhar:
Lelê Martins
Criadora de conteúdo digital, Lelê se define como “preta com deficiência”. Ela apresenta conteúdos de autoestima, beleza, estilo de vida e inlusão.
Instagram: https://www.instagram.com/blogueirapcd
Eduardo Victor
Integra o Podcast “Deixa em Off” e se dedica aos conteúdos de entretenimento, representatividade e comunidade LGBT a partir da própria vivência como pessoa com deficiência motora e LGBT.
Instagram: https://www.instagram.com/oeduardovictor
Gabriel Isaac
Gabriel é considerado um dos maiores representantes da comunidade surda no Brasil no ambiente digital. Recebeu notoriedade durante o carnaval de 2019, quando foi convidado pela cantora Anitta para subir no trio elétrico e utilizar uma mochila que captava as vibrações das músicas e passava para o próprio corpo.
Gabriel mantém um canal no YouTube onde apresenta diferentes assuntos: https://www.youtube.com/c/isflocos
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