Vivemos em uma sociedade marcada pela intensa troca de informações, o que, em princípio, amplia a oportunidade de contato com outras pessoas, seja diretamente, ou através de aparelhos celulares e redes sociais. Ao mesmo tempo, a aceleração das trocas sociais e o excesso informacional alertam para uma queda na qualidade de vida, o que compromete o humor, a saúde e o aprendizado, desafiando governos, empresas e sociedade a criarem iniciativas que qualifiquem a comunicação nos espaços de convivência cotidiana.
A informação acena com a possibilidade de conhecimento, mas, não raro, implica novas demandas, responsabilidades extras e pressão por resultados nos diversos espaços de convivência. Não poderia ser diferente no ambiente de trabalho, onde passamos boa parte de nosso dia; espaço comunicacional, portanto, que compartilha visões de mundo, ao inspirar valores e atitudes. A convivência diária influencia a vida pessoal, alimentando ideias, projetos, sonhos, motivações e, especialmente, a formação de competências para realizá-los.
Por isso, o trabalho é potente recurso para a formação cidadã e construção de laços sociais capazes de aprimorar talentos, gerando habilidades individuais e coletivas. Rotinas desinteressantes ou cansativas, no entanto, podem exaurir o ânimo e embotar a imaginação, já que não costumam ser companheiras da criatividade, produtividade e desenvolvimento profissional; de forma ampla, acabam por comprometer o desenvolvimento integral do ser humano.
Em busca da construção de ambientes de trabalho saudáveis e criativos, a Origem está desenvolvendo, junto a Sesc-Senai, o projeto “Os jogos como facilitadores na promoção da qualidade de vida dos trabalhadores”. A proposta é que a comunicação por meio dos jogos aconteça nos intervalos de trabalho que passariam a incluir a prática lúdica, associada a valores vinculados a diversas culturas, respeito às regras acordadas entre os jogadores, domínio da atenção e raciocínio lógico e, sobretudo, diversão, muita diversão.
Iniciado em fevereiro deste ano, o projeto tem duração de 20 meses, incluindo as etapas de pesquisa, design e produção dos jogos, além da fase de capacitação, durante oficinas realizadas em unidades industriais de Minas Gerais.
Lazer, saúde e educação
Segundo a Associação Brasileira de Qualidade de Vida – ABQVA, a indústria nacional ainda sofre com a falta de programas que promovam a qualidade de vida dos seus trabalhadores, o que eleva os níveis de stress, absenteísmo e presenteísmo, atingindo diretamente a motivação e comprometimento dos funcionários e, consequentemente, a produtividade das instituições. Nesse contexto, o diretor da Origem, Maurício Lima, explica que a ideia, com o projeto, é “promover a qualidade de vida do trabalhador da indústria, visando à produção de um kit de jogos inovador, não só no seu formato, mas também em seu objetivo”.
No campo do lazer, o jogo acrescenta, durante o intervalo de trabalho, uma forma de diversão e aprendizado sobre a história do jogo e desenvolvimento de competências, por meio do lúdico. A intenção é promover a socialização, a melhoria do ambiente de trabalho e a integração familiar, por isso, além da inserção dos jogos no ambiente industrial, serão organizadas oficinas, palestras e mostras que contarão um pouco da história dos jogos no Brasil, propiciando a interação com esses jogos. O conjunto de ações forma a exposição itinerante “Uma volta ao Brasil através dos jogos”, que será apresentada em quatro indústrias da região metropolitana de Belo Horizonte.
Para o setor de saúde, o produto consiste em fonte de qualidade de vida e saúde mental, já que brincar, como enfatiza o diretor, “é indispensável, desde sempre, à saúde física, emocional e intelectual do ser humano”. Na educação, o jogo atua em direção ao desenvolvimento de competências, possibilitando o desenvolvimento cognitivo e, ainda, como recurso lúdico para processos de capacitação e aprimoramento do ambiente de trabalho. Os jogos poderão ser utilizados, também, na identificação de competências, o que auxiliará no recrutamento, seleção e promoção de funcionários pelo departamento de Recursos Humanos das indústrias.
FONTE: Origem
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