Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos e de sua Abolição, 23 de agosto de 2016
Na noite de 22 para 23 de agosto de 1791, homens e mulheres, levados da África e vendidos como escravos, se revoltaram contra o sistema escravagista para obter liberdade e independência para o Haiti, o que foi conquistado em 1804. A revolta foi um momento decisivo na história da humanidade, com um grande impacto no estabelecimento de direitos humanos universais, pelo qual somos todos responsáveis.
A coragem desses homens e mulheres criou obrigações para nós. Para a UNESCO, o Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos e de sua Abolição é uma homenagem a todos aqueles que lutaram pela liberdade e, em seu nome, continua a ensinar sobre a sua história e os valores intrínsecos. O sucesso dessa rebelião, liderada pelos próprios escravos é, hoje, uma profunda fonte de inspiração para a luta contra todas as formas de sujeição, racismo, preconceito, discriminação racial e injustiça social que são um legado da escravidão.
A história do tráfico de escravos e da escravidão criou uma tempestade de raiva, crueldade e amargura que ainda não foi superada. Também é uma história de coragem, liberdade e orgulho da independência recém-adquirida. Toda a humanidade faz parte dessa história, em suas transgressões e em suas boas ações. Seria um erro e um crime escondê-la e esquecê-la. Por meio do projeto A Rota do Escravo, a UNESCO tem como objetivo encontrar nessa memória coletiva a força para construir um mundo melhor e para mostrar as relações históricas e morais que unem os diferentes povos. Nesse mesmo estado de espírito, as Nações Unidas proclamaram a Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024). A UNESCO colabora com isso, por meio de seus programas educacionais, culturais e científicos, de forma a promover a contribuição dos afrodescendentes para construir as sociedades modernas e assegurar dignidade e igualdade para todos os seres humanos, sem distinção.
Fonte: UNESCO
Imagem:UNESCO (ANSA)
CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO – Boletim 101, nº 01/2024 Cultura Viva: 20 anos de uma política de base comunitária Período para submissão: 13 de março a 23 de junho de 2024 A Revista Boletim Observatório da Diversidade Cultural propõe, para sua 101ª edição, uma reflexão sobre a trajetória de 20 anos do Programa Cultura Viva […]
O Observatório da Diversidade Cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, patrocínio do Instituto Unimed, realiza o ciclo de formação GESTÃO CULTURAL PARA LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS. Período de realização: 10, 17 e 24 de outubro de 2024 Horário: Encontros online às quintas-feiras, de 19 às 21h00 Carga horária total: 6 […]