Objetivo é capacitar participantes para o planejamento de projetos de interesse público, por meio de ações colaborativas e integradas
O Observatório da Diversidade Cultural e a Fundação Clóvis Salgado realizam mais uma edição do curso de capacitação em Desenvolvimento e Gestão Cultural em Belo Hoizonte. Com carga horária de 117 horas, o curso é composto pelos eixos conceitual e prático e integra o Programa Pensar Agir com a Cultura, uma das diretrizes de ação do ODC. O objetivo é capacitar os participantes para o planejamento de programas e projetos de interesse público, por meio de ações colaborativas e integradas.
O programa é voltado para gestores e agentes culturais, arte-educadores, educadores sociais, pessoas que atuam nas áreas da cultura, meio ambiente, educação e interessados. A seleção dos candidatos será feita por meio da análise dos dados informados na ficha de inscrição disponível neste site. Serão considerados os critérios: formação, experiência, carta de intenção (justificativa quanto ao interesse em relação à atividade) e disponibilidade. Os candidatos podem se inscrever até o dia 22 de agosto e o resultado da seleção será divulgado no site no dia 29 de agosto. As atividades iniciam-se no dia 1º de setembro e finalizam em 20 de dezembro, com aulas às terças e quintas-feiras, de 19h às 22h, na sala de educação continuada da Fundação Clóvis Salgado.
Informações podem ser obtidas pelo email info@observatoriodadiversidade.org.br ou pelo telefone (31) 3463-3141, de 14h às 17h.
Formação
Formação é uma das quatro linhas de trabalho do ODC, além de pesquisa, informação e consultoria. Por meio do programa “Pensar e Agir com a Cultura”, são realizados, desde 2003, seminários, oficinas e cursos de especialização com o objetivo de capacitar agentes que atuam em circuitos formais e informais da cultura, educação, comunicação e arte-educação para o trabalho efetivo, criativo e transformador com a cultura em sua diversidade.
Além de Belo Horizonte, as atividades de formação do ODC já foram oferecidas por várias cidades mineiras, como: Brumadinho, Ipatinga, Pirapora, Sete Lagoas, Sabará, Contagem, João Monlevade, Bom Despacho, Araçuaí e Vespasiano. Os cursos também foram realizados em cidades do Espírito Santo: Vitória, Serra, Cariacica e Vila Velha; e São Paulo: Piracicaba.
Neste ano, o curso “Desenvolvimento e Gestão Cultural” já foi realizado em Belo Horizonte, Contagem e João Monlevade, oferecendo total de 150 vagas. O curso dura quatro meses e é composto por módulos de Imersão Criativa; Trabalho Colaborativo e em Rede; Cultura, Diversidade e Desenvolvimento; Gerência de Programa e Projetos Culturais; Mecanismos de Financiamento à cultura e Planejamento Estratégico. Uma parte do programa compreende a qualificação conceitual e de mobilização das capacidades locais, com aulas presenciais, chats e fóruns no ambiente virtual do curso. Outra instância de trabalho é o laboratório de projetos, que consiste no acompanhamento de elaboração de projetos e programas culturais de natureza pública e coletiva. Também compõem o curso atividades coordenadas, palestras e o Seminário da Diversidade Cultural, cuja sexta edição foi realizada em maio deste ano.
Luci Lobato, professora do Ensino Fundamental de Belo Horizonte, trabalha com grupos artísticos em seu bairro, o Novo Glória. Ela diz que achou importante conhecer teoricamente os assuntos acerca do seu trabalho para profissionalizar sua atuação. “Este curso nos convida a compreender o nosso próprio ‘como fazer’, em um alto nível de sofisticação. Por isso, cria perspectivas, novos pensamentos e valores”, afirma.
Já para a produtora cultural Nilce Gomes, o curso contribui para expor a amplitude de possibilidades dos mecanismos de financiamento disponíveis. “Com o tempo, acabamos de certa forma trabalhando de forma direcionada a uma determinada opção, com as informações aqui trocadas, vemos que há mais alternativas do que imaginamos”, conta. Carol Fecina está em Belo Horizonte há três anos e aproveitou o curso para se aproximar e entender melhor a cidade. Ela trabalha com programação em teatro e se interessa pelas políticas na área.
“As aulas sobre as questões jurídicas foram extremamente importantes, porque é uma área que nos atinge diretamente, no entanto, é um tipo de conhecimento que não temos muito acesso”. A Rede da Diversidade Cultural, formada por gestores que participaram de alguma ação de formação do ODC, também chamou sua atenção. “A rede é um legado concreto, e ao longo dos nossos trabalhos, a importância dela vai ficar mais clara”, diz.
O gestor cultural Vicente Paula de Souza aproveitou o acesso a materiais conceituais e está levando para a equipe de trabalho o que aprendeu em desenvolvimento e planejamento estratégico. “Estou desenvolvendo melhor o planejamento das ações, para formação e qualificação de equipe gestora para atuar na formação de um público mais crítico e qualificação artística, bem como para articulação de parcerias”, diz.
A professora Sheilla Piancó, que ministra, junto à professora Priscilla D´Agostini, os módulos “Gerência de programas e projetos culturais e “Mecanismos de financiamento à cultura”, considera relevante incentivar os alunos a identificarem o modelo apropriado de política pública cultural para suas localidades e, com isso, despertar o desejo de participação política na gestão cultural de seus municípios, como aconteceu em Contagem e, indiretamente, em Belo Horizonte na efetivação do Conselho Municipal.
A interdisciplinaridade, tanto na seleção dos alunos como nos módulos, é outro aspecto importante, segundo ela. “Essa transversalidade nos permite alcançar um processo crítico sobre os temas, interligando a teoria à prática, através dos exemplos não só dos professores, mas também dos alunos”, conclui.
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