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Ensino e aprendizado: dois polos da educação que se evidenciam na utilização de jogos

Em palestra para professores da PUC Minas, o professor da Universidade de São Paulo, Lino de Macedo, maior autoridade brasileira na utilização de jogos na educação, fez uma distinção muito esclarecedora a respeito do ensino e da aprendizagem. Segundo ele, os jogos são ferramentas muito eficientes na aprendizagem dos estudantes, mas, para o ensino, eles não conseguem dar conta de todo um conteúdo.

O que ele quis dizer com isso? Muitas vezes os professores se sentem incomodados com utilização de jogos no dia-a-dia das escolas, porque existe um resquício das velhas formas com que se encarava a educação. Por isso, esses profissionais não ficam à vontade com a ideia de que seus alunos não precisam de fórmulas para vencer porque o importante é enfrentar o desafio com espírito de luta e sem medo de perder.

Ensinar ao aluno como conseguir a vitória é matar a alma do jogo. E muitos programas de utilização de jogos na escola cometem esse erro. Um exemplo disso é o programa Mente Inovadora, adotado por centenas de escolas brasileiras. Trata-se de um método desenvolvido em Israel, com a clara intenção de desenvolver fórmulas para fazer os alunos pensarem.

O jogar por si só já desenvolve capacidades cognitivas como raciocinar na busca dos meios para atingir um fim; organizar vários elementos para uma finalidade; identificar e avaliar situações futuras próximas; prever possíveis conseqüências de atos próprios e alheios e ainda exercitar a tomada de decisão frente a um fato concreto.

Experiências recentes comprovam que os estudantes que nunca praticaram jogos têm dificuldades no aprendizado que os que praticaram não apresentam. O papel dos professores, nesse momento, passa a ser o de orientar e supervisionar a utilização dos jogos por seus alunos.

Não se trata de ensinar as estratégias e raciocínios inerentes a cada um dos exemplares.  Mas pode-se sugerir e avaliar soluções diante de situações que encaminham para a vitória.

Dessa forma, eles estarão contribuindo para o desenvolvimento do raciocínio lógico dos estudantes e estimulando que cada um deles vença o desafio de pensar para agir com sucesso. E esse conhecimento certamente será levado para a sala de aula auxiliando o professor a assegurar o aprendizado de seus alunos.

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