Foi em uma tarde de sábado (8 de novembro) que encontramos Gustavo Bones (Espanca!), na sede do grupo teatral, para a última aula do curso de Gestão Cultural da turma deste semestre. O espaço fica na região do “Baixo Belô” e respira com a cidade, nas redondezas do Viaduto Santo Tereza.
É do pixo a ocupação da fachada que toma o olhar e identifica a posição do grupo no espaço urbano. Em casa, Gustavo falou sobre a história do Espanca!, a relação entre o coletivo -que integra hoje com os atores Aline Real e Marcelo Castro – e a cidade; os caminhos e desafios da gestão cultural na trajetória do grupo.
Confira alguns momentos do encontro:
Na vida tem coisas que espanca, mas espanca doce!
Contradição e poesia, presentes no nome do grupo que, desde a peça Pour Elise (2004), torna-se referência no teatro brasileiro. “Uma poética da violência” na cena artística há 10 anos.
“Espanca é privilegiado, a maioria das pessoas não têm como fazer teatro”.
Com patrocínio da Petrobras, via lei de incentivo, o grupo mantém o espaço cultural oferecendo atividades próprias e também de outros artistas. O lugar não se restringe ao meio teatral, buscando abertura para artistas de todas as áreas e não artistas que circulam na região. Com o patrocínio, Espanca! pode fazer circular a programação, fortalecer a marca e gerar outros financiamentos.
“O que me interessa é a intervenção, é o sujo”.
A relação com a cidade acompanha movimentos culturais e artísticos que, desde 2010, atuam pelo direito ao espaço urbano, como Praia da Estação, Carnaval, Ocupações urbanas dentre elas, Dandara e Rosa Leão, e, recentemente, do antigo prédio da Fhemig no bairro Santa Efigênia, que tem o nome do artista Luiz Estrela, morto durante as manifestações da Copa em 2013, em circunstâncias não esclarecidas.
“Duas frentes de trabalho coletivo: peças e espaço cultural”
Seis peças, dois prêmios e indicações importantes; espaço cultural aberto há quatro anos busca dialogar “com a vida, nas ruas”.
Peças:
Por Elise
Amores Surdos
Congresso Internacional do Medo
Marcha para Zenturo
O Líquido Tátil
Dente de Leão
Prêmios:
Vencedor do Prêmio Usiminas-Sinparc/MG 2006 – melhor texto inédito.
Vencedor do Prêmio Usiminas-Sinparc/MG 2006 – melhor atriz (Grace Passô).
Indicado ao Prêmio Qualidade Brasil 2008 – São Paulo – nas categorias Melhor Espetáculo Teatral Drama, Melhor Ator Teatral Drama (Paulo Azevedo), Melhor Atriz Teatral Drama (Grace Passô) e Melhor Direção Teatral Drama.
Indicado ao Prêmio Shell – edição São Paulo – nas categorias Melhor Dramaturgia, Direção e Cenário 2008.
Indicado a melhor espetáculo adulto, direção, ator (Paulo Azevedo), ator coadjuvante (Marcelo Castro), cenário e criação de luz no Prêmio Usiminas-Sinparc/MG 2006.
CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO – Boletim 101, nº 01/2024 Cultura Viva: 20 anos de uma política de base comunitária Período para submissão: 13 de março a 23 de junho de 2024 A Revista Boletim Observatório da Diversidade Cultural propõe, para sua 101ª edição, uma reflexão sobre a trajetória de 20 anos do Programa Cultura Viva […]
O Observatório da Diversidade Cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, patrocínio do Instituto Unimed, realiza o ciclo de formação GESTÃO CULTURAL PARA LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS. Período de realização: 10, 17 e 24 de outubro de 2024 Horário: Encontros online às quintas-feiras, de 19 às 21h00 Carga horária total: 6 […]