Depois de quase 70 anos da morte de Anne Frank, não foram esquecidas as palavras escritas pela adolescente, em seu diário, durante o período em que se escondia da repressão alemã contra os judeus. Na tentativa de representar sua história, uma exposição, em Belo Horizonte, mostra fotografias e uma linha do tempo que combina a história da 2ª Guerra Mundial e os relatos da vida de Anne no chamado “Anexo Secreto” , onde se escondia a família Frank.
A mostra “Brasil e Holanda – Paz e Justiça: refletindo sobre o passado, construindo um futuro melhor”, é organizada pela Assembleia de Minas Gerais e a Casa de Anne Frank e está sendo realizada na Faculdade Dom Hélder Câmara.
Uma vez que a Holanda foi responsável pela colonização de parte do território brasileiro, os painéis também mostram o sofrimento dos escravos africanos no Brasil. A visitante Magda Boechat não esconde sua reprovação: “Eu detesto preconceito, detesto indiferença. Para mim é o cúmulo a pessoa ter que andar com estrelinha amarela para mostrar que é judeu. É igual o que eles faziam com os escravos que andavam com uma placa de madeira, tipo um registro, quando eles estavam a serviço dos amos”, afirma.
A exposição apresenta, ainda, vídeo sobre a Casa de Anne Frank que relata a história da família em Amsterdã e mostra imagens do Anexo Secreto. Ao final do vídeo, depoimento de Otto Frank de 1979, um pouco antes de sua morte: “Estou com quase 90 anos e, lentamente, vou perdendo as minhas forcas. Porém, a tarefa que Anne me deixou renova as minhas energias e me dá forças para lutar pela reconciliação e direitos humanos em todo o mundo.” O pai de Anne criou o Instituto Anne Frank e dedicou sua vida à educação contra o antissemitismo global.
“Brasil e Holanda – Paz e Justiça – Refletindo sobre o passado, construindo o futuro”
Quando: De 3 a 31 de maio
Onde: Faculdade de Direito Dom Helder Câmara – Rua Álvares Maciel, 628, Santa Efigênia.
Entrada franca
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