Alguma vez você já se deu conta do quanto somos responsáveis por nossa saúde e a saúde do meio em que vivemos? Como nossas escolhas diárias têm um forte impacto não só em nós, mas em tudo que nos rodeia? Nossas escolhas alimentares, por exemplo, além de nos impactarem diretamente, estão também ligadas à saúde do planeta como um todo. O que colocamos no prato tem o poder de agravar ou não os desequilíbrios ambientais que estamos atravessando. O prato nosso de cada dia impacta mais do que apenas na saúde do corpo e da mente, afeta o planeta e toda sua diversidade, e é aí que entramos com a agricultura familiar e a agroecologia.
No passado, com a Revolução Verde no Brasil, que consistiu em inovações tecnológicas no campo da agricultura, tendo como base a inclusão das sementes geneticamente modificadas, os maquinários agrícolas e os insumos químicos, vimos a agricultura de grande extensão se fortalecer e a agricultura de subsistência ser negligenciada. Se a ideia inicial da Revolução era resolver a fome, hoje vemos que o tiro saiu pela culatra, e que além de cada vez mais pessoas estarem passando fome, colhemos agora os danos ambientais causados pela implantação dessas inovações.
Com a preocupação agora voltada à preservação da biodiversidade, dos recursos naturais e da nossa diversidade cultural, temos a agricultura familiar e a agroecologia como uma alternativa potencialmente sustentável para fortalecer a produção diversificada de alimentos, em harmonia com o meio ambiente e com a cultura local. Elas se entrelaçam contribuindo para a segurança alimentar e nutricional, bem como para a geração contínua de renda. Além disso, consideram a terra patrimônio sagrado utilizando-se de práticas que primam pela proteção da água e da agrobiodiversidade, o resgate de saberes e modos de cultivo tradicionais, o desenvolvimento sustentável do território e a promoção da soberania alimentar.
E o que tem seu prato a ver com isso? Suas escolhas alimentares estão diretamente ligadas a tudo isso! Uma alimentação baseada em produtos agroecológicos irá se preocupar com a origem de um alimento ser mais sustentável do ponto de vista ambiental, cultural e social, sendo que a maior parte desses alimentos virá da agricultura familiar. Se você se conscientizar acerca das questões ambientais e de saúde, a tendência é que busque por alimentos mais saudáveis, e quando a demanda aumenta, aumenta também a busca por uma produção mais integrada à natureza.
Quem diria que aprender sobre se nutrir também seria aprender sobre essa conexão do interno com o externo, assim como temos padrões comportamentais comprometendo nossa saúde, os mesmos padrões se repetem e comprometem a saúde do nosso planeta. Nutrir-se é fazer escolhas melhores por nós e pelo nosso meio.
Para aprofundar no assunto, indicamos:
Solo Fértil (2020)
1h24min | Documentário
Cientistas e celebridades revelam como o solo da Terra pode ser fundamental para o combate às mudanças climáticas e a preservação do planeta.
Disponível na Netflix: https://www.netflix.com/br/title/81321999
Guardiões da Terra – Agroecologia em Evolução (2020)
1h03min | Documentário
Documentário que traça um histórico da evolução do movimento agroecológico no Brasil. A partir de entrevistas com acadêmicas/os, agricultoras/es familiares, militantes e estudiosas/os, o filme ilustra os principais momentos da agroecologia no país. Desde seu surgimento, como resposta ao crescente processo de mecanização do campo brasileiro, a partir da década de 1970, até sua consolidação como ciência, movimento político e prática.
Disponível no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=AiwhkflF_og
Ser Tão Velho Cerrado (2018)
1h 36min | Documentário
Os moradores da Chapada dos Veadeiros, preocupados com o fim do Cerrado em Goiás, procuram novas formas de desenvolver a região sem agredir o meio ambiente em que vivem. O desafio, agora, é conciliar os interesses relacionados ao manejo da Área de Proteção Ambiental do Pouso Alto. Para isso, a comunidade científica, grandes proprietários de terra e defensores do meio ambiente iniciam um diálogo delicado, mas necessário.
Disponível no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=5BZoEyBvXpc
Fontes:
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/1060/608
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8819/1/Semeando%20agroecologia.pdf
CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO – Boletim 101, nº 01/2024 Cultura Viva: 20 anos de uma política de base comunitária Período para submissão: 13 de março a 23 de junho de 2024 A Revista Boletim Observatório da Diversidade Cultural propõe, para sua 101ª edição, uma reflexão sobre a trajetória de 20 anos do Programa Cultura Viva […]
O Observatório da Diversidade Cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, patrocínio do Instituto Unimed, realiza o ciclo de formação GESTÃO CULTURAL PARA LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS. Período de realização: 10, 17 e 24 de outubro de 2024 Horário: Encontros online às quintas-feiras, de 19 às 21h00 Carga horária total: 6 […]
