Em parceria com o SVAFF, Afrotranscendence terá exibição de curtas, seguido de conversa com os cineastas Chike C. Nwoffiah (nigéria) e Yasmin Thayná (Rio de Janeiro). A entrada é gratuita.
Resultado do intercâmbio entre o NoBrasil e o Festival de Cinema Africano do Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, o programa de imersão Afrotranscendence recebe cinco produções cinematográficas da África do Sul, Egito, Quênia, Camarões e Etiópia durante a programação aberta ao público, no Red Bull Station, centro de São Paulo. Com entrada gratuita, a mostra acontece no sábado (29), às 16h, seguida de conversa com os cineastas Chike C. Nwoffiah, idealizador do SVAFF – Silicon Valley African Film Festival, e Yasmin Thayná, diretora de Kbela e idealizadora do Afroflix.
A proposta surgiu durante a participação da diretora criativa do NoBrasil Diane Lima no African Diaspora Investment Symposium, evento que reuniu líderes da diáspora africana no Vale do Silício, em fevereiro. Segundo ela, que é também integrante do conselho curatorial do Festival e selecionou os cinco filmes que serão exibidos no AfroT, um dos objetivos principais do SVAFV – Conexão Brasil é fomentar a criação, a produção e novas possibilidades de difusão e articulação em rede, sobretudo, pensando o protagonismo das mulheres negras no mercado audiovisual. Estes filmes, retratam uma África não estereotipada e contribuem para a construção de novas narrativas sobre o imaginário africano, tocando em temas como arte, inovação e tecnologia, como a ficção científica “Pumzi” (2009), da África do Sul, dirigida por Wanuri Kahiu, e “Alma” (2015), Camarões, direção de Christa Eka Assam, que adentra questões de relacionamento abusivo e violência doméstica.
Chike, cineasta e diretor nigeriano, premiado pelo California Arts Council Director’s Award e listado como um dos 10 afro-americanos mais influentes na San Francisco Bay Area, pela CityFlight Magazine, vem ao AfroTranscendence para falar sobre a perspectiva da produção cinematográfica na diáspora africana por meio da exibição desses cinco curtas e de sua experiência como idealizador do SVAFV. Com ele, a cineasta carioca Yasmin Thayná irá mediar a conversa, traçando um diálogo entre continentes e discutindo estéticas, linguagens e estratégias de visibilidade e produção do cinema nacional.
DO LADO DE LÁ
De 14 a 16 de outubro acontece a 7ª edição do Festival de Cinema Africano do Vale do Silício, a fim de conectar e fortalecer o intercâmbio das diásporas africana do Brasil, EUA e mais de 15 países africanos. Por aqui, cinco filmes brasileiros foram selecionados e serão exibidos no Spotlight Brazil (Holofote Brasil), no estado da Califórnia, Estados Unidos.
Foram 33 inscritos e uma seleção feita por júri formado por membros de mais de sete países, que tiveram como requisito obras que refletissem imagens, narrativas e histórias que trouxessem como inspiração os trânsitos da cultura afro-brasileira. São elas: “Das Raízes às Pontas” (Flora Egécia); “Hora do Lanche” (Cláudia Mattos); “Kbela” (Yasmin Thayná); “Òrun Àiyé” (Jamile Coelho e Cintia Maria); e “Porto da Pequena África” (Cláudia Mattos).
“A colaboração com o SVAFF é uma tentativa de criar um espaço que permita dar visibilidade e fôlego internacional para que as demandas estruturais que nos colocam à margem dos processos produtivos e criativos possam ressoar trazendo a maior participação de mulheres negras e, por conseguinte, na criação de novas narrativas e linguagens que rompam com estereótipos e nos atualize para que não mais sejamos uma projeção do que o sistema colonial predeterminou. Por isso o intercâmbio e a necessidade de abrir uma janela da produção brasileira na Califórnia e uma janela com filmes africanos, aqui”, diz Diane Lima, que também integrou o júri.
Saiba mais sobre os filmes e programe-se!
Fonte: NoBrasil
Imagem: Divulgação
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