Este momento tão difícil para o Brasil não deve ser silenciado. É importante, de início, chamar a atenção do povo brasileiro para o que efetivamente foi conquistado: o Ministério da Cultura. Uma conquista alcançada por conta de um projeto inovador de pensar o Brasil e redesenhá-lo. Esse processo, que considera a cultura como elemento central da autonomia e liberdade dos povos, está em curso e não pode (e não deve) ser descartado.
Por tal razão, o Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura – CULT, cioso das profundas alterações no tocante às concepções de cidadania e participação que aconteceram nos últimos anos, sinaliza a sedimentação das políticas culturais, com a inclusão da cultura nos debates mais importantes para os destinos do país.
Nesse sentido, avanços concretos como o Sistema Nacional de Cultura, o Plano Nacional de Cultura e a Lei do Cultura Viva incluíram de forma importante o MinC na condução do aprofundamento do pacto federativo e da participação social pelo viés da cultura. O patrocínio de fóruns democratizantes, como as Conferências de Cultura, impôs um movimento de adensamento, promoção e proteção de nossa diversidade, motora de novas escolhas, tendo permitido a ampliação dos direitos culturais, da autonomia e da mobilização cultural.
Desse modo, o CULT, preocupado com os desafios das práticas culturais, mas também com o diálogo intercultural de modo mais amplo, que entre si sempre mantiveram as diversas séries artístico-culturais, sobretudo nos últimos tempos, chama atenção para o modelar trabalho do MinC nos últimos treze anos, que intensificou, com base em operações inventivo-transgressivas e inovadoras, a busca de nossas plurais identidades e suas diferenças em relação às matrizes até então dominantes.
Todo esse gigantesco empenho do MinC teve como base a certeza de que a Cultura é um todo que compreende as formas de organização social, o sentido da história e da vida humana.
Fundir, portanto, esse importante Ministério com um outro representa um imenso retrocesso. Tal medida reduz a potência necessária para a continuidade de uma política efetivamente transformadora e põe em risco, não apenas a memória de uma nação, mas também seu futuro.
CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO – Boletim 101, nº 01/2024 Cultura Viva: 20 anos de uma política de base comunitária Período para submissão: 13 de março a 23 de junho de 2024 A Revista Boletim Observatório da Diversidade Cultural propõe, para sua 101ª edição, uma reflexão sobre a trajetória de 20 anos do Programa Cultura Viva […]
O Observatório da Diversidade Cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, patrocínio do Instituto Unimed, realiza o ciclo de formação GESTÃO CULTURAL PARA LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS. Período de realização: 10, 17 e 24 de outubro de 2024 Horário: Encontros online às quintas-feiras, de 19 às 21h00 Carga horária total: 6 […]