NOTÍCIAS

Manual orienta jornalistas sobre como tratar temas da população LGBTI

REPRODUÇÃO: Site EBC – Agência Brasil

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Qual é a diferença entre travesti e transexual? O que é cisgênero? O que significa a letra I na sigla LGBTI? Essas e outras dúvidas sobre a população de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais (LGBTI) estão respondidas no Manual de Comunicação LGBTI+, lançado nesta semana pela Aliança Nacional LGBTI e a rede Gay Latino. O público-alvo do documento são jornalistas e o objetivo é divulgar a informação correta para combater a LGBTfobia – o preconceito contra a população LGBTI.

Diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI, Toni Reis coordenou a preparação do documento, que baseou-se em experiências nos Estados Unidos, Colômbia e Paraguai.

“Os jornalistas são fundamentais na relação entre a nossa comunidade e a sociedade em geral”, explicou o ativista. “O jornalista muitas vezes fala homossexualismo por não estar atualizado de que o certo é homossexualidade. Às vezes, na boa intenção, fala opção sexual. E não existe opção sexual, é orientação. São dicas simples em que a gente coloca também quais são as nossas pautas”.

Para Toni Reis, a imprensa já errou muito no tratamento dado à população LGBT, mas vem corrigindo sua postura e acertando cada vez mais. “Foucault [Michel Foucault, filósofo francês] já dizia que a palavra carrega muito poder. Pode ser que a pessoa que fale ache desimportante, mas a pessoa que está ouvindo pode se sentir menos. Esse é um cuidado mínimo no relacionamento humano”.

A proposta é replicar o manual para outros países da América Latina e criar guias voltados para profissionais de outras áreas, como saúde, educação e cultura.

Esquecimento
A jornalista Camila Marins acredita que a mídia precisa dar visibilidade à população LGBT como um todo e lembrar que as siglas incluem mulheres lésbicas, bissexuais e pessoas trans. Ela destaca que as lésbicas são esquecidas nas datas comemorativas do movimento LGBT e não recebem a mesma atenção que outros grupos quando chegam suas datas específicas, como o mês da visibilidade lésbica, em agosto.

“O apagamento é sistemático”, disse ela, que também defende que é preciso que os veículos de comunicação empreguem mais mulheres lésbicas, como forma de dar mais voz a essa população. “Quando a gente faz uma matéria sobre violência contra a mulher, a gente está falando também do estupro corretivo das mulheres lésbicas?”, questiona ela.

Deixe aqui o seu comentario

Todos os campos devem ser preenchidos. Seu e-mail não será publicado.

ACONTECE

Chamada para publicação – Boletim 101, N. 01/2024

CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO – Boletim 101, nº 01/2024 Cultura Viva: 20 anos de uma política de base comunitária  Período para submissão: 13 de março a 23 de junho de 2024   A Revista Boletim Observatório da Diversidade Cultural propõe, para sua 101ª edição, uma reflexão sobre a trajetória de 20 anos do Programa Cultura Viva […]

CURSOS E OFICINAS

Gestão Cultural para Lideranças Comunitárias – Online

O Observatório da Diversidade Cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, patrocínio do Instituto Unimed, realiza o ciclo de formação GESTÃO CULTURAL PARA LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS. Período de realização: 10, 17 e 24 de outubro de 2024 Horário: Encontros online às quintas-feiras, de 19 às 21h00 Carga horária total: 6 […]

Mais cursos