O edital Comunica Diversidade contribui para o alcance da meta 45 do PNC.
Foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (4/3) a lista final de premiados no edital Comunica Diversidade 2014: Edição Juventude, que premiará 60 jovens que desenvolvam iniciativas de comunicação voltadas à cultura.
O projeto é uma parceria entre o Ministério da Cultura, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB).
Foram selecionados 10 jovens entre 15 e 17 anos; 25, entre 18 e 24 anos; e 25, entre 25 e 29 anos. Todos receberão prêmios com valor bruto de R$ 14 mil.
Os objetivos principais da iniciativa são reconhecer, fomentar e incentivar ações de comunicação para a cultura que deem visibilidade a expressões da cultura brasileira e fomentar iniciativas que, por meio de processos de comunicação popular, ampliem o exercício dos direitos à liberdade de expressão cultural e à comunicação.
Carmerindo João de Lira Neto, 27 anos, foi o vencedor na categoria 25 a 29 anos. Ele é um dos fundadores do Coletivo Força Tururu, que atua na formação de jovens por meio da comunicação popular e comunitária no bairro do Tururu, em Paulista (PE), região metropolitana do Recife. Criado em 2008, o coletivo – hoje com 10 integrantes – produz um fanzine bimestral, o Articulatu Tururu, que retrata pontos positivos da comunidade, faz denúncia dos negativos e propõe debates de conscientização sobre temas como aborto e homossexualidade, entre outros.
O coletivo também promove, logo após a publicação do fanzine, um evento chamado Consciência Relâmpago. Os organizadores colocam telão e aparelho de som na rua para que sejam apresentados vídeos de caráter comunitário, produzidos pelo próprio coletivo, e realizações de manifestações culturais de integrantes da comunidade. “O objetivo é provocar as pessoas a uma consciência crítica”, destaca Carmerindo.
Com os recursos do prêmio, o coletivo pretende fazer melhorias em sua sede e comprar equipamentos de áudio para o Consciência Relâmpago e máquinas fotográficas, que serão usadas para produção de fotos para o fanzine e aulas para as crianças da comunidade. “Iremos replicar um curso de fotografia que eu e outro integrante do coletivo fizemos com apoio da Cáritas Alemã”, conta.
Outro projeto premiado foi o Laboratório de Cartografia Munduruku – Ipi Ibuixy Ikukap, da estudante de Letras Luah Sampaio Nogueira, 24 anos, de Belém (PA). O projeto surgiu a partir da convivência com integrantes da comunidade Munduruku, localizada na região do Alto Tapajós, no sudoeste do Pará. “Nós nos propusemos, inicialmente, a instaurar um processo de construção de um espaço de criação colaborativa de cartografias experimentais nas aldeias situadas nos arredores das cidades de Itaituba e Jacareacanga”, conta.
A primeira etapa foi realizada no final de 2013, com patrocínio do Prêmio Proex de Arte e Cultura. Luah e três amigos participaram do cotidiano da comunidade Munduruku, onde iniciaram a construção de um mapa-processo que reúne aspectos da cosmologia, memórias, mística e situações sensíveis que ocorrem no território e na vida dos membros da etnia. “Construímos coletivamente linhas cronológicas e ícones para simbolizá-los, utilizando como exemplo outros mapas semelhantes”, conta. A primeira versão do mapa está disponível aqui.
Luah conta que, com os recursos do prêmio, pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido até o momento. “Queremos construir uma nova etapa desta história, que está sujeita a mudanças. Vamos continuar os relatos, as criações e os novos símbolos que surgiram dentro do imaginário desse encontro. Além disso, captar áudios, vídeos e textos para que o mapa sirva também como espaço de aglutinação e arquivo de todos os conteúdos coletados”, informa. “Para isso, construiremos espaços-laboratórios que se constituirão em momentos de convívio e troca de tecnologias da informação, cultura, cidadania e direitos humanos”, afirma.
Fonte: Plano Nacional de Cultura
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