É neste domingo, 8 de julho, que acontece a Parada pelo Orgulho LGBT de Belo Horizonte, em sua 21ª edição. A expectativa dos organizadores, o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), a Prefeitura de BH e Belotour, é de que 80 mil pessoas acompanhem o percurso que sairá da Praça da Estação, na região central da cidade e irá até a praça Raul Soares, também no Centro.
Com o tema “Mais democracia e mais direitos humanos: esse é o Brasil que queremos para as pessoas LGBT”, o evento quer chamar a atenção da sociedade e atores políticos para a importância de se garantir direitos fundamentais a todos os públicos, como acesso à saúde e educação, condições de trabalho dignas e segurança.
Aliás, enquanto muito se fala da homofobia praticada na Rússia, com maior evidência durante a realização da Copa do Mundo no país, é recorrente esquecer que o Brasil, infelizmente, lidera o ranking dos países que mais matam pessoas LGBTI+.
E as notícias não são boas. No ano passado, houve aumento de 30% de casos de violência contra gays, trans e travestis em relação a 2016. Em 2017 foram 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) mortos em crimes motivados por homofobia. Número que representa uma vítima a cada 19 horas. Os dados são do Grupo Gay da Bahia (GGB), que há 38 anos monitora esse cenário.
Por estado, a violência contra a população LGBTI+ tem os maiores números em São Paulo (59), seguido de Minas Gerais (43), Bahia (35), Ceará (30), Rio de Janeiro (29), Pernambuco (27) e Paraná e Alagoas (23). Entre as regiões, a maior média está no Norte, com 3,23 mortes por milhão de habitantes, seguida pelo Centro-Oeste,, com 2,71 e Nordeste, com 2,58.
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