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“Acumulamos um legado de reflexões e programas prontos para serem debatidos por todos”

Secretária da Diversidade e Cidadania (MinC), Marta Porto, entrega cargo;

Em depoimento intitulado “Um projeto de cultura para o país”, sinaliza motivos e aspirações

A secretária da Diversidade e Cidadania do Ministério da Cultura (MinC), Marta Porto, entregou o cargo no último dia 1º. A secretária foi indicada pela própria ministra Ana de Hollanda, no início do ano, para assumir o órgão que reúne as duas secretarias. A saída de acentua as preocupações em relação aos rumos da gestão de política pública na área da Cultura, gerando debates em setores do governo e sociedade civil.

O que se questiona é até que ponto o MinC conseguirá dar continuidade ao diálogo com os diversos setores, consolidando um modelo compartilhado de gestão, em especial, quanto a programas implantados no governo anterior, como o Cultura Viva. As críticas dirigem-se, principalmente, ao distanciamento da atual gestão do MinC em relação aos agentes culturais, o que impede que os gestores das secretarias possam ter programas próprios e compartilhados com a sociedade civil.

Marta Porto era responsável por projetos como os Pontos de Cultura e o programa Cultura Viva. No início de sua gestão, a ministra afirmou que os Pontos de Cultura eram “prioridade”. Em março, o atraso nos pagamentos aos pontos era de R$ 60 milhões.

Depois de uma semana fora do MinC, postou em seu perfil no Facebook um texto intitulado “Um projeto de cultura para o país”. No texto, ela explica: “Hoje, tínhamos a certeza que poderíamos renovar esses compromissos a luz do espírito que marca o nosso tempo e a isso nos dedicamos dia e noite. Aprofundar a experiência do Cultura Viva, um legado inegável para a política cultural brasileira, mobilizar os jovens com suas formas de participação social distintas da nossa geração, pensando as redes, a cultura digital; mobilizar a sociedade e os atores culturais para uma reflexão sobre os valores de cidadania e nosso passivo com os direitos humanos e a justiça social”.

Os pontos de cultura foram criados para descentralizar as ações do MinC. São entidades reconhecidas e apoiadas financeira e institucionalmente pelo ministério. Somam, em abril de 2010, 2,5  mil em 1122 cidades brasileiras, atuando em redes sociais, estéticas e políticas. Não há um modelo único ou um formato padrão para as instalações físicas ou para a programação das atividades. O aspecto comum a todos é a transversalidade da cultura e a gestão compartilhada entre poder público e comunidade.

No início do mês passado, o ODC acompanhou a participação da secretária, no Encontro de Estudos Multidisciplinares da Cultura (Enecult), em mesa sobre os “Pontos de Cultura e sua relação entre o local e o global”. Marta Porto falou sobre a importância da articulação entre ações e programas desenvolvidos pelo estado brasileiro, nos âmbitos local e global.

Para conferir o depoimento de Marta Porto no Facebook: http://www.facebook.com/notes/marta-porto/um-projeto-de-cultura-para-o-pa%C3%ADs/249138311792289

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