O Observatório da Diversidade Cultural realizou entre os meses de fevereiro e abril a oficina Mapeamento Participativo da Diversidade Cultural nas cidades de Betim e Santa Luzia, em Minas Gerais. A oficina foi realizada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Soluções Usiminas, apoio do Centro Universitário Una Betim e SESC Santa Luzia. O mapeamento da diversidade cultural facilita a compreensão das várias culturas dentro de uma comunidade ou região. Esta compreensão é crucial para promover o respeito mútuo e a valorização entre diferentes grupos culturais. Ao documentar as práticas, linguagens, rituais e tradições de diferentes comunidades, o mapeamento cultural ajuda a preservar a memória coletiva e a identidade cultural das populações. Além disso, fornece um registro valioso das práticas culturais que podem estar em risco de desaparecimento.
A oficina teve como objetivo a formação de pessoas interessadas no reconhecimento e valorização das expressões culturais locais e foi ministrada pelo antropólogo José Marcio Barros, pelo arquiteto e historiador Charles Moraes e pelo designer gráfico Ric Freitas.
Os dados coletados pelos participantes durante as oficinas de mapeamento foram inseridos no site mapadadiversidade.com.br. Este site utiliza o recurso de georreferenciamento para inserir em um mapa os pontos de cada agente, entidade ou espaço que foram coletados pelos alunos. Desta forma, tem-se uma visão geral onde cada ação cultural está localizada na cidade.
Cada mapeado ganha uma página própria dentro do site contendo o nome, um breve histórico, as redes sociais e registros imagéticos. Segundo o Ric Freitas, “o objetivo é cuidar, preservar e salvaguardar as informações em uma plataforma que pode ser constantemente atualizada. Com a popularização da internet, cada vez mais amplo através de diversos dispositivos e redes de wi-fi, os recursos digitais permitem que o trabalho permaneça acessível de forma ininterrupta. Além disso, independente do término do curso, os agentes podem continuar o trabalho de adicionar novos pontos e editar as informações sempre que necessário.”
De acordo com José Márcio, os “mapeamentos fornecem dados cruciais que podem orientar a formulação de políticas públicas em áreas como educação, saúde, urbanismo e direitos humanos.
Conforme explica Charles, “para a comunidade em geral, o mapeamento cultural promove uma maior conscientização e apreciação da cultura local, fortalecendo o tecido social e incentivando a participação ativa dos cidadãos na vida cultural. Ele celebra a diversidade cultural e ajuda a construir uma comunidade mais inclusiva e coesa, onde cada membro pode se sentir valorizado e integrado.”
A servidora pública Herenice Martins participou da edição de Santa Luzia. Para ela, participar da oficina de mapeamento foi uma experiência verdadeiramente enriquecedora, que proporcionou a ela explorar diferentes culturas, ampliar seus horizontes e desenvolver uma compreensão mais profunda da riqueza que a diversidade oferece. Além disso, a participante considera que a oficina de diversidade cultural desempenha um papel fundamental na construção de uma comunidade mais coesa e harmoniosa. “Ao abraçarmos e celebrarmos nossas diferenças, estamos fortalecendo os laços entre os habitantes da cidade e contribuindo para um futuro mais resiliente e igualitário”, disse.
Daniele ASCipriano é designer e arte educadora, participante da edição de Betim, ela considera que a oficina foi fundamental para ampliar a visão sobre a diversidade cultural em seu município e os agentes culturais locais. “Acredito ainda que vai ser uma ferramenta potente para nos conectarmos com o território e aqueles que estão vivenciando a cultura e os fazeres artísticos”, considera.
O mapeamento da diversidade cultural atende a uma multiplicidade de propósitos que vão desde o fortalecimento das comunidades até o planejamento estratégico em políticas públicas, educação, e desenvolvimento sustentável. “Estas práticas são essenciais para manter a riqueza cultural do mundo acessível e relevante para futuras gerações, além de promover um mundo mais inclusivo e compreensivo”, explica Chales.
Para saber mais sobre os mapeamentos realizados nas oficinas de Betim e Santa Luzia, acesse https://mapadadiversidade.com.br/betim/category/betim/ e https://mapadadiversidade.com.br/santaluzia/ .
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