A pintura corporal é, provavelmente, uma das primeiras formas de arte e comunicação do homem, registrada junto com as pinturas rupestres e antes da criação das linguagens. Ela já foi expressão de coragem, habilidade para caça ou para guerra, proteção espiritual, entre outras representações. Os bretões e outros povos bárbaros pintavam seus corpos para assustar o inimigo. Já em rituais da cultura árabe, esta era a forma de conseguir proteção e trazer prosperidade. Os hindus pintam as noivas com desenhos que simbolizam sorte: o vermelho marcado na testa é o símbolo do casamento, mostrando o novo grupo social a qual pertence.
Também em vários países da América, os povos indígenas pintavam seus corpos, simbolizando a expressão da beleza, preparação para a puberdade, hierarquia dentro da comunidade, celebração, funeral e, assim, em quase todos os tipos de ritos, as pinturas têm papel fundamental, como o som e a dança. No Brasil, os índios usavam tinturas extraídas, principalmente de plantas como o Jenipapo, Urucum, Babaçu.
O rito faz parte da tradição e, como seres tradicionais, carregamos os símbolos culturais, reproduzindo-os, às vezes, sem perceber, não dando atenção aos seus significados. Nos EUA, presos eram marcados na pele por seus crimes, enquanto gangues e máfias reinventaram o movimento, criando identificações próprias. De certa forma, estavam se preparando para suas próprias guerras, criando imagens de força e poder. A tatuagem é um exemplo contemporâneo desse rito que se perpetuou.
Uma vez que a maquiagem tem poder expressivo sobre a concepção da feminilidade, foi transformada pelas grandes indústrias culturais e midiáticas em valores sociais. A pintura corporal foi apropriada, também, pelo mundo das artes, na forma de manifestações chamadas de “body art”. Nessa condição, o corpo não é só suporte de obras, mas, algumas vezes, participa da sua composição, de forma performática. A body artist e maquiadora Carolyn Roper pinta imagens nos corpos dos modelos; ao camuflá-las em paisagens, integra homem e natureza em um mesmo espaço.
CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO – Boletim 101, nº 01/2024 Cultura Viva: 20 anos de uma política de base comunitária Período para submissão: 13 de março a 23 de junho de 2024 A Revista Boletim Observatório da Diversidade Cultural propõe, para sua 101ª edição, uma reflexão sobre a trajetória de 20 anos do Programa Cultura Viva […]
O Observatório da Diversidade Cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, patrocínio do Instituto Unimed, realiza o ciclo de formação GESTÃO CULTURAL PARA LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS. Período de realização: 10, 17 e 24 de outubro de 2024 Horário: Encontros online às quintas-feiras, de 19 às 21h00 Carga horária total: 6 […]