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Projeto promove formação política de pessoas trans

Formatura reuniu participantes do Projeto Trans-Formação e representantes da ONU Brasil

 

A primeira turma do Projeto Trans-Formação celebrou sua formatura na terça-feira (11/07), na Casa da ONU, em Brasília. Durante cinco meses, a iniciativa reuniu 24 pessoas trans do Distrito Federal e do Entorno em encontros quinzenais. As reuniões discutiram temas como identidade de gênero e desigualdades, políticas públicas, empregabilidade, participação social e autocuidado entre ativistas.

No Brasil já existem algumas iniciativas pontuais para a inclusão social da população trans, como os projetos Damas, no Rio de Janeiro, e Transcidadania, em São Paulo. Com essas e outras referências, o Trans-Formação surgiu “com o objetivo de promover o empoderamento pessoal e a formação política de pessoas trans, fomentando o ativismo local”.

O projeto contou com a parceria da RedeTrans Brasil, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT), ANAV-Trans, do coletivo Corpolítica e da Comissão Luís Gama de Direitos Fundamentais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)/Taguatinga.

Uma das preocupações durante a organização do projeto era que este alcançasse diferentes públicos na região do Distrito Federal. Para tanto, foi escolhido como ponto de encontro para as reuniões um local central e de faço acesso por transporte público. Dessa forma, a primeira edição do Trans-Formação reuniu pessoas com diferentes perfis sociodemográficos e trajetórias de vida, tendo como participantes 13 mulheres transexuais, 7 homens trans, 2 travestis e 2 pessoas não-binárias, de 14 regiões administrativas do Distrito Federal.

As histórias vividas apresentam muitos pontos em comum, como a evasão escolar e o desemprego devido à dificuldade de se inserir no mercado de trabalho após a transição, mesmo possuindo experiência e qualificação técnica. A falta de apoio da família também era compartilhada por muitos. No entanto, o que o grupo tinha como maior ponto comum era o fato de todos serem trans e o interesse conjunto de pensar a inserção dos LGBT’s na sociedade de forma empoderada e livre de preconceitos.

Além das reuniões quinzenais, a 1ª Trans-Formação desenvolveu o Programa de Mentorias. Membros de diversas áreas de conhecimento e atuação institucional se voluntariaram a encontrar os participantes e trocar informações para fomentar os debates do projeto. “Nos encontros que tiveram, caminhos aparentemente distintos se encontravam, abrindo novos espaços para parcerias, trocas e aprendizado mútuo.”

Outras conquistas foram possibilitadas pelo Trans-Formação, alguns participantes definiram seus ramos profissionais, outros adquiriram maior compreensão da história do movimento trans e alguns reaproximaram da família, tendo o nome social finalmente respeitado pelos familiares.

 

Referências: ONU Brasil

Imagem: Portal ONU Brasil

 

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