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Clipe ‘‘Vá Se Benzer’’, de Preta Gil, enaltece diversidade

‘‘Eu, sou eu, diz aí quem é você!’’ é uma das frases mais marcantes da música ‘‘Vá Se Benzer’’, da cantora Preta Gil com a participação de sua madrinha e consagrada cantora, Gal Gosta. A obra musical discute temas importantes e hodiernos, como a liberdade de expressão, de corpos, de sexualidade e de gênero. Causas pelas quais a cantora sempre se posicionou favorável e lutou. Assim, a frase, considerando esse contexto e enunciada em tom imperativo, funciona, ao mesmo tempo, como um chamado e como uma possibilidade de cada um se definir como quiser (inclusive para não se definir), sem pressões e opressões da sociedade.
Tamanha potência e repercussão – o clip foi lançado no dia 9 de conseguiu no mesmo dia mais de 200 mil visualizações –, pode ter incomodado grupos neoconservadores. Isso explicaria, segundo o deputado Jean Willys, o porquê de a plataforma Youtube ter retirado o clipe do ar tão rapidamente. “Estas redes subterrâneas que agem no anonimato para tomar e colonizar as mídias digitais com conteúdo de ódio”.
Em um de seus perfis em sites de redes sociais, a própria cantora fez uma declaração sobre o acontecido. “Por volta de 1h da manhã dessa madrugada, nosso clipe foi excluído do meu canal no Vevo Brasil. Aos meus fãs, amigos e jornalistas queria dizer que não estou nada, nada triste, nem tão pouco preocupada, sei que tudo será resolvido em breve!”. Preta Gil estava correta, o clip retornou ao ar e já com quase um milhão de visualizações. A produção da cantora pediu explicações à empresa de streaming sobre a causa da retirada do vídeo, mas nenhuma resposta foi publicada ainda.

O Clipe

A cantora denomina o clipe como clipe-manifesto. Isso porque, além da letra que promove uma discussão em relação aos temas já citados, a narrativa imagética não deixa dúvidas sobre o posicionamento tomado pela cantora.
Logo no início, é possível ver homens e mulheres, com diferentes cortes de cabelo e tons de pele, mas com seus corpos pintados de dourado de forma irregular. Se a cor da tinta os aproxima – talvez simbolize participar da uma mesma espécie animal – a irregularidade da pintura indica que mesmo humanos são diferentes. Em seguida, dá-se inicio ao que parece ser um ritual pagão, um ritual de libertação, uma libertação. Se ainda não viu, veja abaixo.

 

Fontes:

 Diário de Pernambuco   Folha de São Paulo 

 

ml

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