O samba muito mais forte de Juazeiro da Bahia

Autores/as

  • Josias Pires Neto Universidade Federal da Bahia

Resumen

O texto discute diversidade cultural e democracia tendo como referência conceitos de campo de forças do historiador inglês E. P. Thompson e de encruzilhada proposto por Leda Maria Martins. Tais conceitos foram apropriados para buscar compreender experiências afro-atlânticas, no período colonial e imperial, que lograram superar obstáculos de várias ordens postos pelas elites senhoriais, para ressoar nas ruas e terreiros, em casas, salões, teatros e outros espaços proibidos, apesar da legislação e de ações repressivas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Josias Pires Neto, Universidade Federal da Bahia

Doutor do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação Cultura e Sociedade, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Citas

ABREU, Martha. O império do Divino: festas religiosas e cultura popular no Rio de Janeiro,1830 - 1900. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Fapesp.1999.

ARAÚJO, Mozart de. A modinha e o lundu no século XVIII. SP: Ricordi, 1963.

CARNEIRO, Edison. Folguedos Tradicionais. RJ: Conquista, 1974.

CARVALHO, José Murilo de; CAMPOS, Adriana Pereira (orgs.). Perspectivas da cidadania no Brasil império. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p.42-43

DEWULF, Jeroen. From the Calendas to the Calenda: On the Afro-Iberian Substratum in Black Performance Culture in the Americas. The Journal of American Folklore. Vol. 131, No. 519, pp. 3-29, 2018.

GILROY, Paul. O Atlântico Negro – modernidade e dupla consciência. São Paulo: Ed. 34; Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes/ Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2001.

GLISSANT, Édouard. Poética da Relação. Lisboa: Sextante, 2011.

KRAAY, Hendrik. Ritos políticos e politização popular no Brasil imperial. Almanack. Guarulhos, n.09, p.19-40, 2015.

LIMA, Edilson Vicente de. A modinha e o lundu: dois clássicos dos trópicos. Tese de doutorado, ECA/USP, 2010.

LINEBAUGH, Peter. Todas as Montanhas Atlânticas Estremeceram. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 3, n. 6, set 1983, p. 7-46.

MARTINS, Leda Maria. Afrografias da Memória: O Reinado do Rosário no Jatobá. São Paulo: Perspectiva; Belo Horizonte: Mazza Edições, 1997.

MOTT, Luis. Acotundá: Raízes setecentistas do sincretismo religioso afrobrasileiro. Revista do Museu Paulista, vol. 31, 1986, pp. 24-147

PARÉS, Luis Nicolau. A formação do candomblé – história e formação da nação jeje na Bahia. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.

REGINALDO, Lucilene. Os Rosários dos Angolas: Irmandades Negras, Experiências Escravas e Identidades Africanas na Bahia Setecentista. Tese de Doutorado, IFCH da UNICAMP, 2005.

REIS, João José. A Morte é uma festa – Ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do Século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

REIS, João José. Tambores e temores: a festa negra na Bahia na primeira metade do século XIX. In: PEREIRA CUNHA, Maria Clementina (org.), Carnavais e outras f(r)estas – Ensaios de História Social da Cultura. Ed. Unicamp, 2002, pp. 101-155.

REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil – A História do Levante dos Malês em 1835. São Paulo: Companhia das Letras, 2a. ed. Ampliada, 2003.

REIS, J. J. & SILVA, E. Negociação e conflito – A Resistência Negra no Brasil Escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

RIBEIRO, Gladys Sabina. A Liberdade em construção – Identidade nacional e conflitos antilusitanos no Primeiro Reinado. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.

SCHWARTZ, Stuart. Resistance and Accommodation in Eighteenth-Century Brazil: The Slaves’ View of Slavery. In: The Hispanic American Historical Review. Vol. 57, No. 1 (Feb., 1977), pp. 69-8.

SCHWARTZ, Stuart. Segredos Internos – engenhos e escravos na sociedade colonial 1550-1835. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

SILVEIRA, Renato da. O candomblé de Angola na Era Colonial. In: ALVES, Aristides (org.). Casa dos Olhos do Tempo que fala da Nação Angola Paquetan. Salvador: Asa Foto, 2010.

SLENES, Robert. Malungu, ngoma vem!: África coberta e descoberta do Brasil. São Paulo: Revista USP, n. 12, pp. 48-67.

SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.

SODRÉ, Muniz. A verdade seduzida: por um conceito de cultura no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 2ed., 1988.

SOUZA, Marina de Mello e. Reis negros no Brasil escravista: história da festa de coroação de Rei Congo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

SOUZA, Marina de Mello e. Batalhas rituais centro-africanas e o catolicismo negro no Brasil. In: Arnaldo Érico Huff Junior e Elisa Rodrigues (org.), Experiências e interpretações do sagrado: interfaces entre saberes acadêmicos e religiosos. São Paulo: Paulinas, 207–223, 2012.

THOMPSON, Edward Palmer. Costumes em Comum – estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

THORNTON, John Kelly. A África e os africanos na formação do mundo atlântico, 1400-1800. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

TINHORÃO, José Ramos. Música popular de negros, índios e mestiços. Petrópolis: Vozes, 1972.

TINHORÃO, José Ramos. Os sons negros no Brasil. São Paulo: Art Editora, 1988.

Publicado

2020-11-01

Número

Sección

Seção I – Culturas negras e democracia